segunda-feira, novembro 01, 2010

Le Cimetière Marin (1920) - Paul Valéry

Ó egrégios irmãos d'armas:

Inelutavelmente uma das inteligências mais fulgurantes, lúcidas e rigorosas de todos os tempos, Paul Valéry é um autor cujo talento multiforme e surpreendente se manifestou, sempre com rara consistência e beleza, nas mais diversas esferas do conhecimento e da arte; ademais, como eixo central a lastrear toda a sua trajetória intelectual (sobretudo no espectro da vasta e ainda pouco explorada cosmogonia que são os Cahiers valeryanos), encontramos um esforço analítico sistemático e contínuo na compreensão dos processos operacionais da inteligência no âmbito da atividade criadora, isto é, a identificação de uma 'atitude central' a coordenar todas as operações criadoras do intelecto. Tal perspectiva, creio, delineia horizontes de capital importância no bojo da epistemologia, cujo alcance e profundidade mal começaram a ser mapeados.

Exemplo lapidar dessa refinada ars combinatoria é o célebre poema que aqui recito, composição estruturada com elegância e precisão matemáticas em suas requintados arabescos verbais:





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Ten. Giovanni Drogo

Forte Bastiani

Fronteira Norte – Deserto dos Tártaros

1 comentário:

Anónimo disse...

Olá Alfredo.

Acabo de ler sobre o 'esforço analítico sistemático e contínuo na compreensão dos processos operacionais da inteligência no âmbito da atividade criadora".
Pois bem, sou estudante de psicologia e esta face da obra do poeta me pareçe uma porta para estudos muito vastos, aguçou a minha curiosidade...

Se possível indique-me algum material que achar pertinente, pode entrar em contato por este email : sulivan.laureano@yahoo.com.br , e me adicionar no msn pelo mesmo.
Estou começando meus estudos de Francês , assim poderei lê-lo no original...

Saudações.

D.S