quarta-feira, fevereiro 19, 2003

Solilóquios erráticos ou fragmentos de meditações ou devaneios transfinitos no Tempo do Fim do Tempo...

Alphonse Van Worden - 1750 AD

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... cada despertar é tão somente um degrau na insondável escadaria das sublimações do sonho; a realidade está nos páramos oníricos onde a Eternidade se dissolve no cintilar de um instante, e onde o que está sendo, e que logo terá sido, se desvela cíclica e inelutavelmente no vórtice caleidoscópico do É primordial e perene. Aquele que, portanto, lograr compreender que seu dia é apenas a noite de um outro, que seus dois olhos são as sombras oscilantes também de um outro, seguirá a pista do dia real que permite o verdadeiro despertar de sua própria realidade, da mesma forma que emergimos de um sonho, o que leva a um diáfano páramo onde o homem está mais desperto que na realidade; pois a sombra evanescente das noites espectrais é a infinda fímbria labiríntica de nossa única realidade, real tendo em vista que é sonh.........................................